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Capítulo 1 - O início do fim

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Nunes11
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Mensagem por xVdSx Sex Ago 11, 2017 3:52 pm

Lucas

Os últimos três domingos de guarda haviam sido monotonamente tranquilos no quartel, o que lhe permitira cometer a audácia de retirar o coturno e esperar pacientemente o alarme soar.
Embora o bombeiro recém-formado soubesse que fora bem treinado no curso de formação há 2 meses atrás, não sabia exatamente o que deveria esperar na vida real. Constantemente as palavras do Capitão Toledo voltavam-lhe à mente:

"Recrutas! Um bombeiro de verdade é forjado no calor do fogo, no ruir do teto e na determinação de sua mente! Não se iludam com gatinhos no alto das árvores."

O dia de hoje estava com um ar diferente. Era dia de clássico de futebol e algo em sua cabeça dizia que este seria um dia que demoraria a acabar. A inquietação de seus companheiros andando pelos corredores dizendo que "Em dia de clássico, para cada gol tem-se 10 ocorrências." o concernia de certa forma, mas como ele havia aprendido: ele só poderia tentar resolver os problemas que foi chamado para resolver. Por hora, deitar no confortável sofá estofado de vermelho, frente à televisão, parecia a melhor coisa a se fazer.
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Oswaldo

"Treino é treino, jogo é jogo e clássico é clássico!". Embora as já conhecidas palavras de Juarez, o então meio-campo do Artilheiros F.C., fossem como pérolas polidas jogadas aos porcos, nada fazia mais sentido na cabeça do árbitro do que as próprias.
Oswaldo estava escalado como 2º árbitro do clássico entre Havaianos e Havaienses. Embora amasse seu emprego, de certa forma estava aliviado em não ser o centro das atenções dos maiores, melhores e imparciais críticos de arbitragem - os torcedores. Não porquê desconfiasse de sua própria capacidade enquanto profissional, mas sabia que clássicos como esse eram muito mais que um simples jogo, era a paixão de muitos.

*Onde estiver o teu tesouro, ali estará também seu coração.*

Além de ser um clássico onde a partida era muito intensa, de muito contato físico do início ao fim, a fama das torcidas era notória. Não era incomum acontecerem invasões por parte dos torcedores simplesmente por não concordarem com a marcação da arbitragem... é, talvez ficar de fora dessa vez fosse melhor mesmo.

Piiiii

O jogo havia começado.
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Yuri

"Amor, precisamos ir ao shopping! Preciso comprar as coisas para levar para a mamãe. Você sabe como ela fica quando nós vamos lá e não levamos nada.
Ela sempre nos ajudou tanto, principalmente naquela vez que queríamos viajar para a praia só nós dois e ela se ofereceu para ficar conosco para poder limpar a casa que alugaríamos! Você não vai fazer esta desfeita para ela, não é?"


Para o gerente de legalização de empresas, sair de casa no domingo à tarde não era um problema. O real problema era sair de casa no domingo à tarde, atravessar metade da cidade, para poder ir ao único shopping que estaria aberto em um domingo à tarde. Pior que isso, hoje era dia de clássico e o estádio era no caminho do shopping. Se houvesse uma única palavra que pudesse descrever seu sentimento seria: odiomortaldofilhodamãequeinventoudecolocaroshoppingnocaminhodoestádiopralotaraviaexpressadetorcedormaluco.

"Vamos, amor. Você não quer pegar trânsito, não é? Já são quase 16:00."
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Nunes

Era o quarto plantão dominical do mês. Enfermarias lotadas, salas de atendimento lotadas, corredores lotados e tal como  o centro cirúrgico, a dispensa de medicamentos estava vazia. Tantas noites de sono perdidas, tantos livros lidos e relidos, estetoscópio importado comprado na viagem ao exterior, jalecos sempre brilhantes e o sonho de ser chamado "doutor Nunes"... estas eram as indagações que assolavam a cabeça do médico, sempre seguidas de um "por quê?" ou um "para quê?"
Tudo ali era diferente da sala de aula da faculdade. Os manequins já entubados, davam espaço às pessoas com estenose de laringe. As multi-dimensionadas agulhas coletoras, davam lugar às agulhas pediátricas e adultas, quando não eram só as últimas. O chão reluzente e encerado de piso branco e preto, dava lugar a um amontado de pessoas de várias tonalidades de pele diferentes. Não haviam coletores, não havia quem colhesse, não havia que parasse de chorar e não havia lugar para que ele o fizesse. Estava tudo um caos. Era tudo um caos.
No meio tempo (?) de um atendimento e outro, o médico achava espaço para um analgésico ou outro. Já havia tomado pelo menos quatro bases diferentes e as dores de cabeça não paravam, os exames não indicavam nada e ninguém podia lhe dizer o que se passava com ele.

*Esquece isso. Você tem gente pra salvar.*

Para piorar, hoje era dia de clássico...
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O Don

O ex-deputado adorava o fato de hoje ser dia de clássico de futebol. Pelo menos assim, alguma parte da população ia esquecer que o jornal do horário nobre havia descoberto e mostrado todo seu esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, e sua possível participação na fundação da então chamada "Milícia dos Conquistadores", no morro dos Dizeres.
Estar sozinho em casa lhe dava certa paz. Embora sua esposa tenta-se roubar aquilo que com muito esforço e suor ele conquistou, ele sabia que a vagabunda não ia lhe tirar um único centavo, afinal era o Ricardinho o juiz responsável pelo julgamento do processo. E bem, vagabunda nenhuma merece nada. Que saísse de casa como fez, sem levar nada. Não está satisfeita? Arrume um fogão pra te esquentar de dia e um tanquinho para te esfriar.
Sentado à frente da televisão apenas de cueca, enquanto o ar-condicionado sofria para manter a sala de 80m² nos 15º C desejados, pulava de canal em canal, até encontrar algo que lhe anelasse.

"GOOOOL!"

Bosta! Ele detestava futebol. Enquanto largava o controle para poder se deleitar com a penúltima carreira, seu celular toca logo ao seu lado. Pelo número, era dos Dizeres.

"Estamos te esperando para desentupir o banheiro."

Nada podia deixá-lo mais feliz.
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[Off] Bom galera, dei um introdução básica no personagem de cada um. Deixei em aberto as n possibilidade que vocês quiserem tomar. Aproveitem pra discutir características dos seus personagens. Isso inclui até mesmo discordar daquilo que eu postei.
Um exemplo seria o Columba dizer que o boneco dele adora futebol, tipo:

"GOOOOL!"
* Pelo menos foi do meu time.*
"Aêh, caralho!! GOL, porra!"

Beijos.
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Mensagem por Nunes11 Sex Ago 11, 2017 4:44 pm

Engolindo mais uma pílula a seco, sentindo ela descendo pela garganta, resolvo abrir o aplicativo do campeonato pra ficar de olho no clássico

*Espero que hoje o jogo seja bom pra nós*

Antes de voltar pros atendimentos e reparo nas enfermeiras, lembro dos tempos da faculdade, de como as estudantes eram e a total falta de relação com a realidade do trabalho, solto até um sorriso de canto de boca tentado aceitar a ironia.

*Onde será que elas estão trabalhando?*.

Sinto o celular vibrando no meu bolso, fico apreensivo.

*Já saiu um gol? Será que hoje o jogo é nosso?*

Antes mesmo de olhar de quem foi o gol, olho pro relógio, faço as contas pro fim do plantão, já penso naquele chopp bem gelado depois do plantão de domingo.

*Hora de voltar ao trabalho*
"Pode entrar o próximo por favor!"
*Tomara que não seja mais uma virose*


Última edição por Nunes11 em Dom Ago 13, 2017 11:26 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Irun Sex Ago 11, 2017 4:49 pm

¨Calma amor, eu já conversei com seu pai ontem e já me preparei pra isso. Eu aproveitei que precisava resolver um problema da empresa próximo ao Shopping antes de ontem(sexta-feira) e comprei um presente pra sua mãe. Conversei com seu pai e ele me disse que sua mãe está a dias falando sobre esse novo berlock do Darth Vader que lançou, você não achou que eu iria esquecer do aniversário da sua mãe né ? Ela sempre nos ajuda tanto!"
Eu me levanto e pego o presente no armário e entrego para minha esposa.
" Sua mãe com certeza vai gostar, ela é viciada por Star Wars ! Leva por favor pra eu pegar as coisas do churrasco "
Pego as chaves do carro, carteira, celular, carregador do celular, documentos, as carnes no freezer e muita coca-cola.
" Vamos amor, saindo agora dá tempo de irmos tranquilo pra sua mãe. Seu irmão e seu pai estão me esperando pra assistir o clássico com eles "
* Ainda bem que vamos no contra-fluxo *
Era possível aguardar um pouco antes de sair de casa, mas minha intuição dizia que a melhor decisão era não procrastinar.
Entramos no carro e vamos em direção ao churrasco, para comemorar o aniversário da minha sogra.

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Mensagem por Rebounder Sáb Ago 12, 2017 1:45 pm

A inquietação me consumia de tal forma que a única coisa coisa que conseguia fazer era ficar sentado e passando os canais.
imaginava o que aconteceria naquele dia.
*apesar de ter tido meu batismo de fogo, ainda não participei de nenhuma operação de grandes proporções, será que teremos uma hoje?*
Isso me deixava nervoso, pois grandes operações exigem que o bombeiro dê tudo de si, e vença o medo de falhar, porque errar pode custar a vida de seus companheiros e a sua.
*tudo vai dar certo se eu seguir o que foi ensinado na academia, o comandante é inteligente e tem anos de experiência, errar é algo que não está no currículo dele*
Dizia isso pra mim em uma tentativa de acalmar meus sentimentos, mas no fundo sabia que o medo continuaria martelando na minha cabeça não importava o que fizesse.


Última edição por Rebounder em Seg Ago 14, 2017 10:39 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por pekenomon Sáb Ago 12, 2017 4:43 pm

O primeiro tempo já estava acabando, e o jogo estava indo tranquilo (o que era estranho), até que em uma jogada de ataque o juiz principal (Mateus) marca falta e aplica um cartão amarelo.
*Teria aplicado vermelho mas fazer o que, não sou eu quem mando hoje. Por mais que seja bom pra evitar confusão uma graninha a mais nunca é ruim*
Cobrança ruim manda a bola pra fora e o jogo continua normalmente.
*Queria mesmo era estar jogando, to sentindo que o dia é bom! Foda é que preciso disso aqui pra poder apostar...*
Acaba o primeiro tempo, os jogadores e juizes vão para o vestiario para o intervalo.
"Oh Mateus, você ta pegando muito leve nessa marcação aí cara, da pra apertar mais"


Última edição por pekenomon em Ter Ago 15, 2017 7:29 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Tamaskan Dom Ago 13, 2017 4:38 pm


"Estamos te esperando para desentupir o banheiro."

Nada podia deixá-lo mais feliz.

Terminando com gosto sua carreira já montada;

"Há quanto tempo?"

"Uns vinte "

* Velho demais, esse bando de analfabeto não aprende nada mesmo *

"Pra isso eu não sirvo, já falei. Mas eu vou passar aí, to precisando de mais um pacote do Pão com Ovo, deixa pronto no apiário que eu pego"


A carreira de satisfação rapidamente virou carreira de irritação.
* Tudo que se preste tem que ser feito por mim mesmo, sempre só imbecil à minha volta *


Vestindo apressado a calça e o terno, o Don deixa cair seu revolver, mas não se esquece de pegar
* O caminho pro morro vai tá cheio de coxinha, nunca se sabe se são os meus ou não *


Avisa o porteiro que quer o carro pronto, que ele chame seu motorista:
"Mas não o accord, fala pra ele vir com o corsa insufilmado"
*chega de pergunta de reporter que desconhece o seu lugar e chega da raiva desses cidadãos ingratos.*

Juntando seu ultimo pino e suas correntes de ouro, o político impaciente veste seu chapéu e chama o elevador. Antes de entrar seu celular vibra, o site de apostas avisando que está 1x0 para os havaianos.
*Achei que tinha comprado o juiz pros havaianenses. O manteiguinha e o picasso vão ouvir se eu perder esse dinheiro.*
O elevador chega enquanto ainda está digitando o telefone. Pode ficar para depois.

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Mensagem por xVdSx Qua Ago 16, 2017 7:57 pm

Lucas

Triiiiiiiii!!. Era o alarme.

"Ocorrência na 27 com a 43. Explosão de gás doméstico, ao que tudo indica. Crianças e idosos feridos. Vamos, peguem as coisas!!"

Lucas sabia que embora fosse um bairro residencial, o que descartava a possibilidade de algum galpão potencialmente perigoso ser atingido e piorar as coisas em questão de segundos, toda a agilidade era necessária. Agilidade, não pressa.
Enquanto descia e pegava seu capacete e colete, o jovem bombeiro comete um erro básico: o coturno estava desamarrado. Sem perceber, acaba por tropeçar e se estatelar no chão. Estranho demais, parecia que estava premeditado a acontecer. Talvez, se existe Deus, fora Ele quem o fizera tropeçar.
Sem muito tempo para se recompor, sente logo uma forte mão o segurar pelo colarinho e coloca-lo em pé de súbito. Era Jorge, o cabo.
Com seus 1,94 metros e 160 Kg, Jorge era a personificação de uma pequena montanha. Sua pele escura como o ébano e face quadrada davam a ele um ar respeitoso que faria qualquer donzela se derreter de amores quando ele vestia sua farda. Vai saber, às vezes era tudo questão de fetiche.

"Para de enrolar, baixinho. Não vou poder salvar você e os feridos de uma vez só. Sou grande mas não sou dois. Hahaha."

Mesmo em tom de brincadeira a fala do Cabo Jorge tinha seu mérito. Se fosse necessário que alguém o socorresse não faria qualquer sentido ir ao socorro de outrem. Era o nervosismo, tinha que ser. Talvez um gole o ajudasse a se acalmar.
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Oswaldo

Com um meneio de cabeça um pouco desajeitado, Mateus concorda com Oswaldo. Ambos eram muito experientes e não eram de se intimidar com pressão de jogadores e torcida. Eram firmes.

"É, talvez eu devesse seguir mais minhas convicções. Mas expulsar alguém dos havaienses num clássico é foda."

No vestiário durante o intervalo os bandeirinhas conversavam em um canto com Mateus. Todos estavam a comer as bananas e maças ofertadas. Oswaldo lembrou-se da época que também haviam energéticos, talvez essa crise também tenha chegado até eles, uma pena, futebol já havia sido mais glorioso.
Embora próximos, era impossível saber o que diziam, a acústica juntamente com o som ensurdecedor das torcidas lá em cima o impedia, e ler seus lábios era impossível - malditas bananas. Estranho, Mateus nunca fora de segredos.
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Yuri

"MEU DEUS, YURI! Você realmente comprou a cabeça de um boneco para minha mãe?! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE SACANAGEM! E outra, o aniversário é da tia Julinha e é só no domingo que vem!! Você não presta atenção mesmo no que eu falo! É isso que dá tentar ter uma conversa básica com você quando você está infurnado nessa merda de computador! Isso que dá tentar dialogar com você, enquanto você dá seus berros igual a um bicho, dizendo que está conversando com seus amigos... que está quase vencendo, que não sei quem é um lixo e é soldado por você, que sua espada mais quinze é a mais cara, que você é o melhor ninja do planeta... AH, QUER SABER?! EU VOU FICAR EM CASA!

Com um ódio quase palpável e vindo, aparentemente de lugar nenhum, Gabriela vira e sai pisando forte com o salto 10 que havia colocado para o churrasco. Talvez o marido devesse repensar sobre a forma como agia com a esposa. Talvez os jogos virtuais estivessem presentes demais na vida do casal.

THAA!. A porta do quarto bate forte enquanto, perplexo e sem reação, Yuri assiste tudo com as carnes do churrasco nas mãos.
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Nunes

"Oi, doutô Boa tarde. Então, o meu menino tá com muito febre desde ontem. Ele tá sentino muita dor. Num sei mais o que eu posso fazê. Já dei leite, sal com açúca, mingau de côve cum ovo cuzido. Nada deu certo. Quê que ele tem?"

Na anamnese, o médico não conseguira identificar nada patognomônico. Eram sintomas gerais de problemas nas vias respiratórias inferiores. Dos exames complementares necessários, o único disponível era a radiografia mas que por algum motivo desconhecido pelo clínico geral, já haviam mais de duas horas que ninguém havia retornado de lá com as radiografias em mãos. O que estava acontecendo?
Para piorar, ao abrir o armário de medicamentos, encontra uma única caixa de Naproxeno, o que aliviaria, e muito, as dores da criança. Mas ele sabia que sua caixa já estava no fim e não duraria até o final do plantão. A julgar pela mãe do paciente, talvez metade dos medicamentos que seriam indicados à criança não seriam adquiridos, não por falta de vontade, mas por falta de dinheiro.
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O Don

Enquanto descia e checava seus compromissos o ex-político não percebe que o elevador havia parado no 8º andar. Ao que parecia um grupo de adolescentes estava dando uma festinha. Cheirando à álcool e perceptivelmente descompassados, 3 rapazes e uma moça entram no elevador, segurando um pinscher pela coleira cor-de-rosa. Dois dos rapazes estavam vestidos com shorts minúsculos e camisetas dobradas, na altura da barriga; pareciam um casal. Ambos seguravam copos de acrílico com uma bebida colorida, algum mix provavelmente. A moça estava de vestido estampado com flores e chinelo de dedo, trazia junto ao corpo uma pequena bolsa de couro e também um copo com mais do mesmo. O último rapaz, trazia consigo tatuagens nos braços e parte do tronco, à mostra. Carregava em uma das mãos uma garrafa de vodka quase no fim e na outra, sua camisa e carteira.

"Ahazo!! Tá mara essa fés-tá! Ai... desculpa, moço. Hhihihii.

Os jovens haviam tropeçado e no meio do pequeno desequilíbrio, se amparado no corpo de Don. A jovem também se desculpa em nome do amigo enquanto se vira para beijar o rapaz mais alto e, possivelmente, mais sóbrio do recinto. Enquanto descem, as carícias do casal se tornam mais intensas e um dos rapazes se manifesta.

"Aaaaii que delíii-ciii-a!! Também quérô!"

Num piscar de olhos ele pula acinturando o quadril do outro rapaz com as pernas, enquanto suspenso no ar lhe beija a boca.
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Mensagem por Nunes11 Qui Ago 17, 2017 11:07 am

Vendo a situação da criança e me preocupando mais em saber o que tá acontecendo com o pessoal dos exames de imagem, percebo como esse tempo já tinha calejado meu lado emocional, sinto um pequeno arrepio em pensar que posso me tornar tudo aquilo que sempre fui contra, mas na situação do hospital, não é fácil não se acostumar com o sofrimento das pessoas.

*Não vou dar um comprimido desse analgésico, seria apenas paliativo, não ajudaria em nada máscarar os sintomas*

Passo a mão no analgésico e a coloco no meu bolso, me volto para a mãe do paciente com um semblante confiante e acolhedor. Aponto a maca para ela por o filho semi sentado, para facilitar a respiração da criança e diminuir o trabalho respiratório.

"Minha senhora, infelizmente preciso do exame de 'Raio-X' do pulmão do seu filho pra ter certeza do que ele tem, e por algum motivo está demorando demais, vou descer até lá ver o que está acontecendo..."

*Preciso ver logo o que aconteceu, que caralho aquelas pessoas estão fazendo!? se quebrar também a radiografia aí podemos fechar esse hospital*

Com toda a paciência que felizmente ainda tenho ensino um exercício para facilitar a respiração da criança.

"Faça esse exercício respiratório de elevar os braços puxando o ar, e descer soltando o ar até eu voltar."

Vou saindo da sala em direção aos responsáveis pela radiologia, aquela demora, mesmo em dias de clássico era realmente anormal

*Antes de chegar lá, quando tiver sozinho vou tomar mais uma pílula, elas me ajudam a manter o foco"

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Mensagem por Rebounder Qui Ago 17, 2017 11:55 am

*Tomar um gole precisa estar fora dos meus planos. Deixa isso pra depois do turno*
"Deixa comigo cabo, eu me viro lá"
*Espero...*
Depois de me arrumar com todos os equipamentos, entrei na cabine do caminhão pronto para qualquer situação, afinal, um bombeiro precisa agir assim se quiser salvar alguém, e principalmente sobreviver.
Mas algo não me deixava relaxar, era uma sensação ruim, de que algo ia acontecer.

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Mensagem por pekenomon Dom Ago 20, 2017 11:02 pm

*Isso é realmente estranho, Mateus nunca foi de manter segredos ou ter conversinhas particulares, preciso saber o que esta acontecendo!*
Nesse pensamento, tento chegar mais proximo de uma forma que não levante suspeitas para tentar escutar a conversa deles.
*Já sei, vou deitar naquele banco relativamente perto deles para descansar, assim poderei ouvir um pouco do que estão falando, isso se a torcida cooperar, mas como é intervalo o barulho costuma reduzir um pouco*
Me aproximo do banco, faço um cumprimento com a cabeça para eles, deito no banco e coloco o braço sobre a cabeça tapando os olhos, indicando que iria descansar.
"Me chamem quando tivermos que ir, vou descansar um pouco"

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Mensagem por Tamaskan Sáb Ago 26, 2017 2:36 pm

[quote] Os jovens haviam tropeçado e no meio do pequeno desequilíbrio, se amparado no corpo de Don. [\quote]

Sem mover o braço direito, que segurava educadamente a porta do elevador aberta para facilitar a entrada. Guardo meu celular e em um instinto mais forte que diarreia empurro as bichas para fora do elevador.

" SAI DE CIMA DE MIM COM ESSA VIADAGEM" grito.

"Vai achar seu caminho, aqui não é!"

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Mensagem por Irun Seg Ago 28, 2017 9:20 am

Sem entender nada eu fico olhando pra coca-Cola e pra carne na minha mão.
*Seria um desperdício não tomar uma coquinha essa tarde.*
Vou pra cozinha e com um belo copo 1L de Coca Cola começo a fazer a carne pra aproveitar a tarde com muito churrasco e coca.
*Seria besteira conversar com a Gabriela nessas condições, deixa ela se acalmar. Anda muito estressada ultimamente.*
A Coca estava deliciosa e quanto mais tomava mais eu era grato por quem a inventou.
''NADA MELHOR QUE UMA COCA BEM GELADA PRA ALEGRAR A TARDE"
Assim que termino de cozinhar, sento em frente ao sofá e coloco no clássico pra ter assunto com o pessoal do trabalho no dia seguinte.

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